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segunda-feira, 18 de março de 2013

Jean Piaget e Aprendizagem


Em sua Teoria Psicogenética, Jean Piaget preocupa-se com as questões filosóficas na tentativa de compreender a origem do conhecimento. Além disso, busca entender como o conhecer é possível para o indivíduo, uma vez que este apresenta comportamentos herdados/reflexos. Dessa forma, para o teórico, a inteligência é o domínio sobre determinadas capacidades que são caras à escola.
Quem é o sujeito conhecedor? Piaget tenta responder com base no teste de QI (coeficiente de inteligência). Ele compreende que os níveis intelectuais devem estar iguais, bem como acredita que a escala intelectual ajuda no desenvolvimento da aula. Diante disso, a quantidade de acertos é fundamental porque se tem a ideia de que indica o coeficiente de inteligência maior.
Nesse processo, entende que conhecer é adaptar-se a uma nova realidade, podendo ser interna ou externa.  A adaptação é estabelecida mediante a construção de esquemas/estruturas que levam o sujeito ao equilíbrio interno e/ou anterior.  Em verdade, todo sujeito é conhecedor a partir do momento em que se torna ativo. Por isso, tudo aquilo que diz respeito ao homem é fruto da aprendizagem.
Afinal, a inteligência é aprendida? Na visão da Epistemologia Genética, sim. Tal pensamento é inerente à noção de hereditariedade, uma vez ligada aos aparelhos biológicos. Estes, por sua vez, contribuem no desenvolvimento de determinadas capacidades, implicando na seguinte conclusão: a capacidade de aprender é herdada.  Portanto, a aprendizagem ocorre de acordo com a existência de um ambiente (em seus aspectos físicos ou sociais) satisfatório.
O principal processo do desenvolvimento da aprendizagem é a adaptação que, por seu turno, abrange mais dois: assimilação e acomodação. Na assimilação, o indivíduo utiliza estruturas antigas – conhecidas – para adaptar-se às novas situações. Entretanto, não podemos esquecer que esse processo está ligado à acomodação. Dessa maneira, a acomodação se dá a partir do uso de algum estímulo – seja intelectual ou não – para se adequar à situação desequilibradora.  
Para tanto, o sujeito enfrenta situações desequilibradoras (informação nova + estímulo do problema + interesse) para chegar à equilibração (solução do problema + interesse). Assim, dá-se a reorganização do pensamento, isto é, a aprendizagem.

RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia do Desenvolvimento/Clara Regina Rappaport, Wagner da Rocha Fiori, Cláudia Davis. – São Paulo: EPU, 1981.

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