Em sua Teoria Psicogenética, Jean Piaget preocupa-se com as questões filosóficas na tentativa de compreender a origem do conhecimento. Além disso, busca entender como o conhecer é possível para o indivíduo, uma vez que este apresenta comportamentos herdados/reflexos. Dessa forma, para o teórico, a inteligência é o domínio sobre determinadas capacidades que são caras à escola.
Quem é o sujeito conhecedor? Piaget tenta responder com base
no teste de QI (coeficiente de inteligência). Ele compreende que os níveis
intelectuais devem estar iguais, bem como acredita que a escala intelectual ajuda
no desenvolvimento da aula. Diante disso, a quantidade de acertos é fundamental
porque se tem a ideia de que indica o coeficiente de inteligência maior.
Nesse processo, entende que conhecer é adaptar-se a uma
nova realidade, podendo ser interna ou externa.
A adaptação é estabelecida mediante a construção de esquemas/estruturas
que levam o sujeito ao equilíbrio interno e/ou anterior. Em verdade, todo sujeito é conhecedor a
partir do momento em que se torna ativo. Por isso, tudo aquilo que diz respeito
ao homem é fruto da aprendizagem.
Afinal, a inteligência é aprendida? Na visão da
Epistemologia Genética, sim. Tal pensamento é inerente à noção de hereditariedade,
uma vez ligada aos aparelhos biológicos. Estes, por sua vez, contribuem no
desenvolvimento de determinadas capacidades, implicando na seguinte conclusão:
a capacidade de aprender é herdada.
Portanto, a aprendizagem ocorre de acordo com a existência de um
ambiente (em seus aspectos físicos ou sociais) satisfatório.
O principal processo do desenvolvimento da aprendizagem é a
adaptação que, por seu turno, abrange mais dois: assimilação e acomodação. Na
assimilação, o indivíduo utiliza estruturas antigas – conhecidas – para
adaptar-se às novas situações. Entretanto, não podemos esquecer que esse
processo está ligado à acomodação. Dessa maneira, a acomodação se dá a partir
do uso de algum estímulo – seja intelectual ou não – para se adequar à situação
desequilibradora.
Para tanto, o sujeito enfrenta situações desequilibradoras
(informação nova + estímulo do problema + interesse) para chegar à equilibração
(solução do problema + interesse). Assim, dá-se a reorganização do pensamento,
isto é, a aprendizagem.
RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia do Desenvolvimento/Clara
Regina Rappaport, Wagner da Rocha Fiori, Cláudia Davis. – São Paulo: EPU, 1981.
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